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Mostrando postagens de agosto, 2010

Clichê II

Experimentar a vida é se expor ao ridículo, sem tomá-lo como tal; é ser bobo com graça! É não ter medo de ser banal, é entender que tudo passa... Experimentar, deixar fluir, deixar viver... desconfio que é assim que funciona

Clichê I

Posso pedir? Não diz que quer, que precisa, que adora, que venera; isso soa tão efêmero. Diz que gosta; gostar é sereno, é tranquilo. 'Eu gosto' pode, mansinho, soar até como um tipo de 'acho que é pra sempre'.

Construção Melancólica

NÃO NECESSARIAMENTE AUTOBIOGRÁFICO; NÃO NECESSARIAMENTE ROMÂNTICO. De frente pro mar, penso em você; imagino por onde andam teus passos distantes, tua doce indisciplina. Mentalmente, construo a lista de teus novos amigos: os tipos mais particulares; todos compartilhando do teu segredo e da tua inquebrável esperança. Imagino tua nova casa, o abrigo das tuas noites; teus sonhos já repousam em novo travesseiro. Perdoe-me, mas ainda pulo a parte em que pensaria em teus novos objetos de amor. Eles existem? Não na minha construção; essa é uma linha em branco. Passo, então, para a imagem virtual do teu sorriso, paz de criança; teu olhar cheio de dúvidas, mas sempre em busca da verdade. Já faz tempo. E mais tempo vai passando. Sinto isso no espelho. Não haverá volta, estou certa disso; mas, o abandono das memórias não é solução. É bom desejar luz pro teu novo caminho, te pensar feliz; te mantenho respirando (apenas em mim?); é certo que te guardo em paz. ***** "Socavas el horizonte con tu

Equilíbrio

Imagem
Há uma linha fina da vida, um fio de seda, que separa os extremos do comportamento. Está, a sutil linha do equilíbrio, estrategicamente situada entre o sonhar e o obcecar, entre o cuidado extremo e a total exposição, entre a passividade e a inconsequência, entre a idéia e o absurdo. Mas, será mesmo esta linha tão estreita? Tênue corda bamba, onde poucos se arriscam... Porém, nela não há mais riscos, visto que no equilíbrio tudo está certo... está? Pois sim! Pergunto-me se sua espessura altera-se pela distância; é possível. Assim, sua estreiteza deve-se à ilusão de ótica de quem ainda tem muito para percorrer.

Fora de ritmo

Sinto-me fora de ritmo, como uma descompassada em um salão repleto de exímios dançarinos; como se o mundo [ e o que nele existe, ou subsiste] tivesse apertado o passo, numa velocidade que eu não consigo acompanhar, pois nunca me ensinaram tal coisa; ora, mas alguém foi ensinado a viver, a seguir o andar do mundo? Meu mundo: eis o que me exila; eis o que ninguém entende. Meu refúgio, meu absurdo, minha condição.

Imperativos

É preciso seguir, mesmo depois do tombo, mesmo depois da falha. É preciso perseguir todo e qualquer sonho; o que, nesse mundo, não é realizável? É preciso conseguir enxergar no escuro, ouvir em meio ao barulho; crer que quem perde mesmo é o descrente; Mesmo que continuar seja sobre-humano, ainda é o que se faz de mais inteligente. *** "Sim, pode-se fazer a guerra neste mundo, macaquear o amor, torturar o semelhante, frequentar as colunas dos jornais ou, simplesmente, falar mal do vizinho enquanto se tricota. Mas, em certos casos, continuar, apenas continuar, eis o que é sobre-humano." Albert Camus, em A Queda .

Escolha pessoal

Há sempre muitas trilhas possíveis para quem faz e não só diz; e já que encontrei meu conforto, ora, não me olhe torto se eu escolhi ser feliz!