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Mostrando postagens de julho, 2011

Inverno

Árvores nuas, tardes cinzentas, um dia que corre lento. Olhos semi-cerrados, tudo parece bocejar. Meu inverno se emoldura nessa espera, grande espera por tanta coisa, que eu já nem sei enumerar. Espero por tantos, e também por mim mesma; espero por cada novo dia que este frio vento me trará. Espero o despertar da primavera da minha alma, que um dia ganhará o mundo, seguirá seu rumo, fazendo da minha existência esse interminável verão que eu quero experimentar.

Eu disse adeus

Hoje eu te disse adeus. Não, não foi um até logo. Eu não escondi tua foto no fundo da gaveta; eu rasguei, pois não posso te devolver. Pensar em ti tornou-se um peso, que eu já não suporto carregar. Perdoe-me, mas não é fraqueza; eu apenas tentei ser forte por tempo demais. Eu andei tão mal acostumada com tua atenção, com teu olhar. Quando aqui estavas, eu era única; na tua ausência, eu sou mais uma. Eu nem tive tempo de te dizer as coisas que planejei dizer. Talvez, por sorte, tenhas aprendido a ler meus olhos, meus gestos, minha letra, minhas entrelinhas com tudo que estes queriam te contar. Sei que as lembranças permanecem, eu ainda aprendo a conviver com elas, eu prometo. Agora eu sei, eu entendi. Eu não preciso te esquecer, eu só preciso te deixar partir. Eu não preciso sofrer, eu só preciso te dizer adeus. Adeus.