'Ruma a casa, menina!
Há tempos queria mudar tudo aqui no blog: visual, estrutura, organizar links, seções... E mais que isso: organizar minhas ideias! Talvez esta última tarefa seja mesmo a mais complicada... Certo é que essa complicação não é de agora, e mais certo ainda é que não há de cessar nunca. O desassossego das ideias faz parte da vida. Da minha, pelo menos.
Minha questão com o blog tinha a ver com arrumação mesmo. Por várias vezes pensei em estabelecer algumas regras para a minha relação com esse "diário": determinar uma linha do que seria postado, uma frequência nas atualizações... disciplina, muita disciplina. Obviamente, não deu certo, nem saiu da cabeça. Mas com a chegada de um ano novo, resolvi repaginar esta página, aproveitando o clima, digamos assim.
Em nenhuma outra época do ano se ouve tanto "re". Reinventar-se, reconstruir, recomeçar... esses conceitos vêm no pacote "daqui-pra-frente-tudo-vai-ser-diferente" que chega com cada novo calendário.
Recomeçar, sem dúvida, é algo importante. Mas tenho revisto meus conceitos sobre essa história de recomeço. A gente sempre tem a ideia de que recomeçar é derrubar tudo e construir do zero. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que vai deixar tudo de ruim no ano que terminou, vai começar uma vida nova? Quantas vezes você mesmo já não disse isso? Baita ilusão! A impossibilidade de realizar essa empreitada é tão absurda, que chega a ser algo engraçado, como ouvir uma criança dizendo que quer ser super-herói quando crescer...
A verdade nua e crua é que não dá pra derrubar tudo e construir de novo. Não estamos falando de uma obra pública na rua que é posta de lado pelo governo sucessor. Isso é vida, a sua vida! É um acumulado de histórias, retalhos de situações diversas (na intensidade, na qualidade e na importância)... não dá pra apagar tudo o que passou só porque a folhinha voltou pro 1º de janeiro!
Tudo bem, concordo que sem esse discurso do recomeço as viradas de ano podem ser bem chatas, e a gente vai acabar perdendo esse ânimo milagroso que janeiro traz - que pode ser bobo, mas tem seu valor, sejamos francos! Mas é possível manter o lado bom dessa onda otimista sem cair na ilusão de "vida super nova" que não dura nem até a páscoa!
Penso que a solução seja mudar nossa ideia de recomeço. Já que não se pode (nem se deve) jogar fora tudo dos anos velhos, é bem possível (e bem saudável) arrumar o que temos! Como uma casa, cujos móveis ainda são úteis, mas precisam regularmente ser arrumados de outra maneira, pra que o ambiente se torne menos tedioso.
Anos passam, e nós vamos entulhando sentimentos, situações e pessoas dentro da vida... assim como ajuntamos bagunça dentro de casa. Arrumações regulares permitem que os itens inúteis sejam descartados, mas também que os destaques mudem: o que é mais importante, a mão; o que não é, pode ser arquivado, bem guardado numa gaveta, vai que um dia volta a ser útil?! Essa tarefa é cansativa... mas depois de pronta, não dá uma sensação de recomeço, mesmo que nada de totalmente novo tenha sido adicionado? Então... no fim das contas, não precisamos do discurso radical "ano novo, vida nova"... precisamos da ideia da faxina!
Desde menina ouvi, de mãe e vó, que é melhor a casa estar sempre arrumada, pois bagunça afugenta as visitas. Na vida também... boas "visitas" e coisas novas virão, e terão mais vontade de ficar se a casa estiver arrumada!
Como dizem por aí... Fica a dica!
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P.S. #1: Agora é possível receber atualizações do blog por e-mail.
P.S.#2: Suspendi os comentários, mas tem uma caixa de "reação" aqui embaixo do post. Ainda vou resolver se volto ou não com eles...
P.S.#3: Também estou editando as tags/marcadores... dá trabalho classificar os textos passados. Mas tudo estará em ordem, em breve, e novas "seções" chegarão também!
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